História, materialismo, monismo, positivismo e todos os "ismos"
desse mundo são ferramentas velhas e enferrujadas que já não preciso ou
com as quais eu não me preocupo mais. Meu princípio é a vida, meu Fim é a
morte. Gostaria de viver minha vida intensamente para poder abraçar minha
morte tragicamente.
Você está esperando pela revolução? A minha começou muito
tempo atrás! Quando você estará preparado? (Meu Deus, que espera sem
fim!) Não me importo em acompanhá-lo por um tempo. Mas quando você
parar, eu prosseguirei em meu caminho insano e triunfal em direção à
grande e sublime conquista do nada!
Qualquer sociedade que você construir terá seus limites. E para
além dos limites de qualquer sociedade os desregrados e heróicos
vagabundos vagarão, com seus pensamentos selvagens e virgens - aqueles
que não podem viver sem constantemente planejar novas e terríveis
rebeliões!
Quero estar entre eles!
E atrás de mim, como à minha frente, estarão aqueles dizendo a
seus companheiros: "Voltem-se a si mesmos em vez de aos seus deuses ou
ídolos. Descubra o que existe em vocês; traga-o à luz; mostrem-se!"
Porque toda pessoa que, procurando por sua própria
interioridade, descobre o que estava misteriosamente escondido dentro de si,
é uma sombra eclipsando qualquer forma de sociedade que possa existir sob
o sol!
Todas as sociedades tremem quando a desdenhosa aristocracia
dos vagabundos, dos inacessíveis, dos únicos, dos que governam sobre o
ideal, e dos conquistadores do nada, avança resolutamente.
Iconoclastas, avante!
"O céu em pressentimento já torna-se escuro e silencioso!"
Um dia eu tomo coragem de reservar um tempo da minha vida pra escrever por aqui. Mas como muitas coisas incriveis foram escritas já, reproduzo-as por aqui. Abaixo um apendice do livro TAZ do anarco-santo Hakim Bey
A GANG DE BONNOT era vegetariana e bebia apenas água.
Terminaram mal (embora de forma pitoresca). Vegetais e água, coisas
excelentes em si mesmas - pura realidade zen - não devem ser consumidas
como martírio, mas como uma epifania. A autonegação como práxis radical,
o impulso leveller, tem um quê de tristeza milenar, e esta facção da esquerda
compartilha o mesmo manancial histórico do fundamentalismo neo-puritano
e da reação moralista da nossa década. A Nova Ascese, não importa se
praticada por anoréxicos de saúde desequilibrada, sofisticados sociólogos
policiais, niilistas caretas do centro da cidade, fascistas batistas do sul,
militares socialistas, republicanos drug-free... a força motivadora é a
mesma: ressentimento.
Nas fuças do falso moralismo analgésico do mundo
contemporâneo, erigiremos uma galeria com os bustos de nossos
antepassados, heróis que mantiveram viva a luta contra a má consciência,
mas que também souberam se divertir: um genial banco de genes, uma
categoria rara e difícil de se definir, grandes mentes não apenas para a
Verdade, mas para a verdade do prazer, sérios mas não sóbrios, cuja
disposição ensolarada não os tornou indolentes, mas aguçados. Brilhantes,
mas não atormentados. Imagine um Nietzsche com uma boa digestão. Não
os epicuristas tépidos nem os sibaritas envaidecidos. Um tipo de hedonismo
espiritual, um verdadeiro Percurso do Prazer, a visão de uma vida que é boa
e ao mesmo tempo nobre e possível, enraizada na sensação da magnificente
superabundância da realidade.
Feito com as mãos, o objeto artesanal conserva, real ou metaforicamente, as impressões digitais de quem o fez. Essas impressões são a assinatura do artista, não um nome, nem uma marca. São antes um sinal: a cicatriz quase apagada que comemora a fraternidade original dos homens. Feito pelas mãos o objeto artesanal está feito para as mãos: não só podemos ver como apalpar. A obra de arte nós vemos, mas não tocamos.
Shakedown 1979, cool kids never have the time
On a live wire right up off the street
You and I should meet
June bug skipping like a stone
With the headlights pointed at the dawn
We were sure we'd never see an end to it all
And I don't even care to shake these zipper blues
And we don't know just where our bones will rest
To dust I guess
Forgotten and absorbed into the earth below
Double cross the vacant and the bored
They're not sure just what we have in the store
Morphine city slippin' dues, down to see that
We don't even care, as restless as we are
We feel the pull in the land of a thousand guilts
And poured cement, lamented and assured
To the lights and towns below
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go, beneath the sound of hope
Justine never knew the rules
Hung down with the freaks and the ghouls
No apologies ever need be made
I know you better than you fake it, to see
(rpt 1)
The street heats the urgency of now
As you see there's no one around
_
1979
Vasculhando 1979, garotos legais nunca têm vez
Num cabo elétrico logo acima da rua
Eu e você nos encontraremos
Besouros ricocheteando como pedras
Com os faróis apontados pro amanhecer
Estávamos certos de que nunca veríamos um fim para tudo aquilo
E eu nem me importo em me livrar dessa deprê de mudanças
E nós não sabemos onde nossos ossos descansarão
Virarão pó, suponho
Esquecidos e absorvidos pela terra
Sacaneie os ociosos e entediados
Eles não tem certeza do que nós temos guardado
A cidade Morfina cobrando taxas, para baixo para ver que
Nem nos importamos, de tão cansados que estamos
Sentimos a influência na terra das milhares de culpas
E do cimento derramado, lamentado e afirmado
Para as luzes e as cidades abaixo
Mais rápido do que a velocidade do som
Mais rápido do que pensávamos que iríamos cobertos pelo som da esperança
Justine nunca conheceu regras
Se uniu aos dementes e doentios
Desculpas nem precisam ser pedidas
Te conheço melhor do que você finge, para ver
(rpt 1)
A rua aquece a urgência do agora
Como você pode ver não há ninguém por perto
Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Enjoy the silence...
-
Aprecie o Silêncio
Palavras como violência
Quebram o silêncio
Vem destruindo
O meu mundinho
Doloroso para mim
Perfura através de mim
Você não consegue entender
Oh, minha garotinha
Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços
Palavras são bem
Desnecessárias
Elas podem só machucar
Promessas são feitas
Para serem quebradas
Emoções são intensas
Palavras são insignificantes
Os prazeres ficam
E a dor também
Palavras são sem sentido
E são esquecíveis
Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços
Palavras são bem
Desnecessárias
Elas podem só machucar
Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços
Palavras são bem
Desnecessárias
Elas podem só machucar
Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços
Palavras são bem
Desnecessárias
Elas podem só machucar
That's my way and I go
Esse é meu caminho e nele eu vou!
Eu gosto de pensar que a luz do sol vai iluminar o meu amanhecer
Mas se na manhã o sol não surgir
Por trás da nuvem cinza tudo vai mudar
A chuva passará e o tempo vai abrir
A luz de um novo dia sempre vai estar
Pra clarear você
Pra iluminar você
Pra proteger
Pra inspirar e alimentar você
Know Now
Look as wild as hell
You think you're dead now
But just open your eyes
I feel my skin burning with the fear
Just because I get around
With naked hands
I run, voices roar
Know now...
Slices of vices
High pitched heads
Water after spices
The steaks and the forbidden breads
Slices of days
Best moments like highways
Amnesia for the worst moments
The same for tomorrow presents
My beats ex-machina(e)
My beats are not fugazi
My beats weren't made in China
Know now...
Look as wild as hell
You think you're dead now
But just open your eyes
I feel my skin burning with the fear
Just because I get around
With naked hands
I run, voices roar
Know now...
My woman gives me a Tupperware
To take my thinkings and things to everywhere
Agora Sei
Parece tão louco quanto o inferno
E você acha que está morto agora
Mas só abra os seus olhos
Eu sinto minha pele queimando por causa do medo,
só porque estou por aí
com as mãos vazias
Eu corro, e ouço vozes
Conheça agora...
Pedaços de vícios
Cabeças berrantes
Água depois de temperos fortes
Os filés e os pães esquecidos
Pedaços dos dias
Que os melhores momentos sejam como estradas
E que haja amnésia para os piores momentos
O mesmo se apresenta para o amanhã
Minhas batidas ex-machina (e)
Minhas batidas não são rápidas
Minhas batidas não foram fabricadas na China
Conheça agora...
Parece tão louco quanto o inferno
E você acha que está morto agora
Mas só abra os seus olhos
Eu sinto minha pele queimando por causa do medo,
só porque estou por aí
com as mãos vazias
Eu corro, e ouço vozes
Conheça agora...
Minha mulher me dá um Tupperware
Para levar meus pensamentos e minhas coisas para qualquer lugar
Ritual dos 4 Ventos & dos 4 Gaviões para Marco Antônio de Ossain
“Eu trago comigo os guardiões dos Circuitos celestes.”
- Livro dos Mortos do Antigo Egito -
Ali onde o gavião do Norte resplandesce sua sombra Ali onde a aventura conserva os cascos do vudú da aurora Ali onde o arco-íris da linguagem está carregado de vinho subterrâneo Ali onde os orixás dançam na velocidade dos puros vegetais Revoada das pedras do rio Olhos no circuito da Ursa Maior na investida louca Olhos de metabolismo floral Almofadas de floresta Focinho silencioso da sussuarana com passos de sabotagem Carne rica de Exú nas couraças da noite Gavião-preto do oeste na tempestade sagrada Incendiando seu crânio no frenesi das açucenas Bate o tambor no ritmo dos sonhos espantosos no ritmo dos naufrágios no ritmo dos adolescentes à porta dos hospícios no ritmo do rebanho de atabaques Bate o tambor no ritmo das oferendas sepulcrais no ritmo da levitação alquímica no ritmo da paranóia de Júpiter Caciques orgiásticos do tambor Com meu Skate-gavião Tambor na virada do século ganimedes Iemanjá com seus cabelos de espuma
...Estou indo ver o homem do rio Direi a ele tudo que puder Sobre a proibição Do sentimento livre
Se ele me disser tudo que sabe Sobre o caminho do fluxo do rio Não irei duvidar Que significou muito para mim... River man - Nick Drake River Man by Nick Drake on Grooveshark
Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Sou tão tranqüilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.
Poema de Elizabeth Barrett Browning.
SONNET XIV
If thou must love me, let it be for nought Except for love's sake only. Do not say «I love her for her smile... her look... her way Of speaking gently,... for a trick of thought
That falls in well with mine, and certes brought A sense of pleasant ease on such a day» — For these things in themselves, Belovèd, mayBe changed, or change for thee, — and love, so [ wrought,
May be unwrought so. Neither love me for Thine own dear pity's wiping my cheeks dry, — A creature might forget to weep, who bore
Thy comfort long, and lose thy love thereby! But love me for love's sake, that evermore Thou may'st love on, through love's eternity.
...
SONETO XIV
(Tradução: Manuel Bandeira)
Ama-me por amor do amor somente Não digas: «Amo-a pelo seu olhar, O seu sorriso, o modo de falar Honesto e brando. Amo-a porque se sente
Minh'alma em comunhão constantemente Com a sua.» Porque pode mudar Isso tudo, em si mesmo, ao perpassar Do tempo, ou para ti unicamente.
Nem me ames pelo pranto que a bondade De tuas mãos enxuga, pois se em mim Secar, por teu conforto, esta vontade
De chorar, teu amor pode ter fim! Ama-me por amor do amor, e assim Me hás de querer por toda a eternidade.
Tive que fazer uma cirurgia recentemente. Para resolver um problema numa cirurgia antiga. Fratura na perna direita. Consequencia de um atropelamento... culpa por não olhar os dois lados, mais uma de muitas culpas. Toda vez q a perna dói lembro do impacto, da dor e do sangue. Lembro de como planos são frageis. de como a realidade é fragil, ja q ela é construida baseada na previsibilidade dos fatos. A trajetória é ilusão
....(Hj acordei, vou pegar um onibus, o metro e caminhar até o trabalho)....
mas um dia isso não acontece, e não foi por escolha.... o cerebro continua naquele projeto de realidade por pura inércia, enquanto o corpo se preocupa em sangrar e gritar... a cabeça dura insiste em acreditar q vai continuar a caminhada e chegar no trabalho... cumprir o projeto.
uma perna quebrada.
um coração batendo rápido como um pássaro lindo,
grãos de ultrassom formando a silhueta de um pequeno cranio.